O Presidente da República diz que é preciso uma resposta coordenada da União Europeia para travar os aumentos sucessivos dos combustíveis. Marcelo Rebelo de Sousa sugere que é preciso falar com potências como a Rússia, que têm influência no preço da energia.
“Os governos estão a tentar tomar medidas paliativas que não resolvem o problema de fundo, mas atenuam alguns efeitos, e estão a tentar entender-se a nível da União Europeia. Deviam entender-se a nível de potências da energia, já que há muitas que não são da UE, para ver se encontram soluções mais duradouras”, afirma o Presidente.
Na semana passada, o Governo baixou o imposto sobre os combustíveis, o que, na prática, resultou numa descida de um cêntimo no gasóleo e dois na gasolina. Descidas que acabaram por ser anuladas com a subida, na semana seguinte, do preço dos combustíveis.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro afirmou que o Governo iria apresentar até ao final da semana um conjunto de medidas para enfrentar a crise dos combustíveis.
No início da pandemia, em abril do ano passado, o barril de petróleo chegou a mínimos de 21 dólares. A partir daí foi sempre subindo, mas a um ritmo lento, à medida que o mundo se recompunha do efeito dos sucessivos confinamentos.
Começou a acelerar com a abertura das economias e na sexta-feira já ultrapassava os 84 dólares.
Este mês, Portugal tinha a sétima gasolina mais cara da União Europeia. No gasóleo, num mês, Portugal passou de sexto para nono lugar.
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