A tensão continua no empreendimento turístico Zmar, numa altura em que se prevê a chegada ao espaço de cerca de 50 imigrantes. Apenas os imigrantes que não estão infetados serão realojados nesta unidade hoteleira. Ainda assim, os trabalhadores e proprietários de casas no Zmar opõem-se.
Os imigrantes que vivem nas 22 casas sobrelotadas começaram a ser testados nas próprias habitações, esta terça-feira ao final da tarde. Os trabalhadores infetados com covid-19 vão para a Pousada da Juventude de Almograve, com equipas da Cruz Vermelha Portuguesa já preparadas para os receber.
À unidade de saúde de São Teotónio chegam muitos imigrantes para serem testados, a maior parte trabalha no cultivo sob plástico que domina a região. Um setor que foi fiscalizado, esta quarta-feira de manhã, para apurar as condições de saúde, trabalho e habitabilidade dos trabalhadores.
Esta realidade, que foi ignorada durante anos pela Administração Central, rebenta no colo das autoridades devido a um surto de covid-19 que obrigou ao confinamento das populações de São Teotónio e Almograve.
Para além da precariedade em que vivem os imigrantes, há também suspeitas de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal que preocupam quem luta pelos direitos humanos.
Esta operação de fiscalização decorre depois de uma primeira visita às explorações, na semana passada, para detetar casos que exigem a intervenção das autoridades.
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