Coronavírus

Operação "Covid Free". Portimonense pagou segundo teste a Nakajima

Segundo o mandado de busca, as suspeitas recaem sobre o laboratório Unilabs.

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A Unilabs nega ter alguma vez falsificado testes à covid-19 e garante que os testes feitos ao jogador Nakajima foram sempre negativos. O laboratório foi referenciado numa investigação onde as suspeitas apontam para um alegado esquema com o FC Porto para alteração de resultados de testes feitos pelos jogadores do clube.

A ida de Nakajima para o Dubai teve destaque mediático, mas poucos saberiam que a viagem haveria de cair num rol de suspeitas. O Ministério Público considera que “existem indícios de que o jogador (…) viajou infetado com covid-19 para o Dubai”.

Segundo o mandado de busca, a que a SIC teve acesso, as suspeitas recaem sobre o laboratório Unilabs: “Indiciam os autos que, (…) terá sido forjado um resultado na Unilabs bem como de que tal laboratório agirá ou terá agido a mando de responsáveis de FC Porto, com o expresso intento de ocultação desses doutros eventuais casos de covid-19, no respetivo plantel”.

O primeiro teste foi feito no dia 6 de janeiro e o resultado foi negativo. Cinco dias depois, a 11 de janeiro, o jogador realizou outro teste à covid-19 nos laboratórios Germano de Sousa – teste que terá sido pago pelo Portimonense.

A SIC sabe que no laboratório terá sido referido que havia desconfianças quanto ao teste feito através do FC Porto, que alegadamente seria positivo.

Nos dias 20, 22, 26 e 27 – já no Dubai – Nakajima fez novos testes, sempre negativos. O contágio por covid-19 acaba por ser detetado no dia 29, duas semanas depois da chegada do jogador aos Emirados Árabes Unidos.

O FC Porto foi o único clube por onde passaram as buscas relacionadas com a investigação sobre os alegados testes falsificados. Mas nos laboratórios, os inspetores pediram acesso também aos testes realizados a jogadores do Sporting.