José Sócrates não vai ser julgado por nenhum dos crimes de corrupção ligados ao Grupo Espírito Santo, ao Grupo Lena e a Vale do Lobo.
O juiz Ivo Rosa entende que, dos 31 crimes que lhe eram apontadoS, apenas seis podem ser provados: três de branqueamento de capitais e outros três de falsificação de documento.
Onde o Ministério Público via 34 milhões de euros, o juiz encontra provas para cerca de 1 milhão e 700 mil euros. Onde os procuradores viam as origens de corrupção, Ivo Rosa vê um nome: Carlos Santos Silva. O magistrado considera que há provas de que Sócrates foi corrompido pelo amigo Carlos Santos Silva, até aqui visto apenas como o testa-de-ferro. O amigo do ex-primeiro-ministro é, no entendimento do juiz, o verdadeiro corruptor.
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