O ex-Presidente do Brasil Jair Bolsonaro, que está internado nos EUA, terá de deixar o país ou será deportado, se não alterar o visto até ao dia 30 de janeiro.
A informação foi avançada pelo departamento de Segurança dos Estados Unidos.
"Se um indivíduo não tem bases para entrar nos Estados Unidos, esse indivíduo está sujeito a ser removido pelo Departamento de Segurança Interna. Sem nomearmos indivíduos e falando em termos gerais, se alguém entrasse nos EUA com um visto A, que é essencialmente um visto diplomático para diplomatas estrangeiros ou chefes de Estado... Se o titular de um visto A deixar de estar envolvido em assuntos oficiais em nome do seu governo, compete a esse titular do visto abandonar os EUA ou solicitar uma alteração do estatuto de imigração no prazo de 30 dias. Esse pedido de alteração do estatuto do visto seria feito junto do Departamento de Segurança Interna", esclarece Ned Price, porta-voz do departamento de Estado dos EUA.

Jair Bolsonaro entrou no país com um visto diplomático no dia 30 de dezembro quando ainda exercia funções como Presidente brasileiro.
Entretanto, no dia 1 de janeiro, Lula da Silva tomou posse e, por isso, Jair Bolsonaro deixou de representar o Governo brasileiro e o visto ficou com a validade de mês.
Jair Bolsonaro participou na tomada de posse de Lula da Silva.
Bolsonado está internado nos EUA
O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi esta segunda-feira internado no Hospital Celebration Health, em Orlando, no estado norte-americano da Florida.
A notícia foi avançada pelo jornal O Globo, que refere que o ex-chefe de Estado “alega estar com fortes dores abdominais”. Segundo o correspondente da SIC no Brasil, Luiz André Ferreira, o episódio terá acontecido no condomínio onde Bolsonaro está a viver e terão sido amigos a transportá-lo para o hospital.
Esta nova hospitalização acontece no dia seguinte a apoiantes do ex-Presidente terem invadido e vandalizado o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Palácio do Planalto. A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.