Olhares pelo Mundo

Poluição em Banguecoque atinge níveis preocupantes: autoridades aconselham o teletrabalho

O Índice de Qualidade do Ar na capital tailandesa atingiu um valor superior a 150, um número 14,5 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Os níveis de poluição do ar na cidade de Banguecoque, na Tailândia, atingiram níveis preocupantes.
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A qualidade do ar em Banguecoque, na Tailândia, excedeu os limites aceitáveis e atingiu níveis preocupantes. A população local foi aconselhada pelas autoridades a adotar o teletrabalho e a evitar deslocações ao exterior.

As mais recentes imagens da capital tailandesa, partilhadas por vários meios de comunicação social internacionais e nas redes sociais, são reveladoras da insalubre qualidade de ar a que os moradores locais têm sido sujeitos.

Muitos habitantes têm utilizado máscaras de proteção nas deslocações ao exterior, o que não resolve todos os problemas que advêm da suspensão de partículas nocivas no ar.

“Sentia os olhos a arder”

Kanjanaporn Yampikul, um mototaxista, revelou à agência Reuters, que sentia “os olhos a arder”, o que levava a que “mal conseguisse ver”, sempre que era exposto à poluição.

Um estudante revelou também que está "realmente preocupado", uma vez que as máscaras nem sempre conseguem “filtrar todo o pó”.

“Quando tenho de beber água, esta pode estar contaminada pela poluição que respiramos. Isto pode causar muitos problemas”, acrescentou o jovem.

Entidade recomenda adoção de precauções

Pinsak Suraswadi, diretor-geral do Departamento de Controlo de Poluição da Tailândia, encorajou as pessoas a adotarem o teletrabalho.

Apelou também a que as escolas que ainda se encontram em funcionamento que evitem que os alunos realizem atividades ao ar livre.

Esta entidade revelou ainda que várias medidas de controlo de emissões irão entrar em vigor, centradas, essencialmente, nos veículos e na indústria, principalmente a “de alto risco”.

A IQAir, uma empresa suíça voltada para a poluição, classificou a qualidade do ar de Banguecoque como “pobre”, depois do Índice de Qualidade do Ar da cidade atingir o valor de 159, um número 14,5 vezes superior ao recomendado pelo Organização Mundial da Saúde.