O médico legista que denunciou o caso de agressões ao cidadão ucraniano Ihor Homeniúk foi despedido do Instituto de Medicina Legal. No entanto, o instituto assegura que o afastamento não tem nada a ver com o caso.
Foi a 14 de março que o médico legista que realizou a autópsia ao cidadão ucraniano teve dúvidas de que se tratava de um crime. Por isso, comunicou as evidências ao superior e, posteriormente, à Polícia Judiciária, como mandam as regras. Em final de novembro, foi despedido.
O Instituto de Medicina Legal esclarece que o afastamento não está relacionado com o caso do ucraniano que morreu à guarda do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Diz que o médico publicou fotografias explícitas de um cadáver num artigo científico o que viola o regulamento do instituto.
Contactado pela SIC, o médico legista não quis prestar declarações.
Vários casos de agressão estão a ser tornados públicos.
Gilson Pereira denuncia um novo caso de agressões no aeroporto de Lisboa que terá acontecido na passada sexta-feira. Depois de ter estado duas semanas no centro de instalações temporárias do aeroporto de Faro, Gilson foi transferido para o aeroporto de Lisboa, alegadamente para embarcar num voo para Cabo Verde.
Ao jornal Público, o SEF não nega ter recorrido à força neste caso, mas afirma que foi na medida do necessário já que o homem terá oferecido resistência depois de se ter recusado a embarcar.
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