A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, congratula o trabalho da Justiça pela detenção de Manuel Pinho, no âmbito do caso EDP.
"O Ministério Público fez o seu trabalho, a Justiça fez o seu trabalho, o Parlamento nas Comissões de Inquérito também", diz.
No entanto, Catarina Martins lembra que os casos mais mediáticos não apagam o facto de o país espera há sete anos pelo julgamento de Ricardo Salgado.
Manuel Pinho fica em prisão domiciliária
O juiz de instrução Carlos Alexandre decidiu aplicar ao antigo ministro Manuel Pinho a medida de coação de prisão domiciliária, com caução de seis milhões de euros, e à mulher Alexandra Pinho determinou apresentações quinzenais, retirou-lhe o passaporte, e exigiu uma caução de um milhão de euros.
Quanto à caução decretada pelo juiz, o antigo governante diz não ter os seis milhões de euros, pelo que cumprirá a prisão domiciliária na casa de um familiar no Algarve até estarem concluídas as obras numa casa que tem na região Norte do país.
Até ter a pulseira eletrónica para a vigilância da prisão domiciliária, Manuel Pinho será vigiado por elementos da PSP.
Manuel Pinho é suspeito de fraude fiscal e branqueamento de capitais no caso EDP, um processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo. Alexandra Pinho é suspeita de branqueamento de capitais.
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