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Manuel Pinho sobre caso EDP: "É uma tremenda injustiça terem envolvido a minha família"

Em entrevista ao Expresso, o antigo ministro da economia nega ter favorecido a EDP.

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Em prisão domiciliária desde quinta-feira, Manuel Pinho fala pela primeira vez, em exclusivo ao Expresso, para garantir que nunca beneficiou a EDP enquanto esteve no governo. Aliás, o antigo ministro da Economia diz mesmo que "seria insuportável se um dia se provasse" que favoreceu a elétrica.

Na entrevista, publicada este sábado na íntegra, o antigo ministro da economia considera "uma tremenda injustiça terem envolvido a família no processo judicial". Elogia a mulher, Alexandra Pinho, também arguida no caso EDP, que "passou um momento muito difícil" com a detenção.

Manuel Pinho mantém contacto com Sócrates

Manuel Pinho foi ministro da Economia do Governo de José Sócrates entre 2005 e 2009. Saiu antecipadamente do Executivo, mas não quebrou a boa relação com ex-primeiro-ministro, revelou numa entrevista exclusiva ao Expresso.

"Eu falo com ele com alguma frequência, trabalhei com ele, temos uma boa relação pessoal. Porque não haveria de falar, não é?", questionou Manuel Pinho, em prisão domiciliária.

José Sócrates manifestou publicamente o desagrado pela forma como Manuel Pinho foi detido, acusando o Estado de violência ilegítima.

Na quarta-feira, o juiz de instrução Carlos Alexandre decidiu aplicar ao antigo ministro Manuel Pinho a medida de coação de prisão domiciliária, com caução de seis milhões de euros, e à mulher Alexandra Pinho determinou a apreensão do passaporte e a obrigação de apresentações quinzenais numa esquadra da PSP, exigindo uma caução de um milhão de euros.

Manuel Pinho, tal como Sócrates, está há quase uma década envolvido em processos com a Justiça. Foi a partir de casa, no Algarve, que deu uma entrevista ao Expresso.

"Tenho uma imagem e um legado para defender. A imagem junto dos meus filhos e dos meus alunos e o legado das energias renováveis. Para mim seria totalmente insuportável se um dia fosse provado que eu favoreci a EDP ou o BES", disse.

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