Crise na Ucrânia

Barack Obama diz que argumentos de Putin "não enganam ninguém"

O presidente norte-americano, Barack Obama,  afirmou hoje que os argumentos do presidente da Rússia, Vladimir Putin,  para a sua incursão na Crimeia "não enganam ninguém" e disse que a "intromissão"  dos russos vai afastar a comunidade internacional de Moscovo. 

© Jonathan Ernst / Reuters

No entanto, Obama referiu também "informações" segundo as quais Putin,  que deu uma conferência de imprensa hoje, estava a analisar as diferentes  opções que tem face à crise ucraniana. 

O presidente norte-americano destacou que para os Estados Unidos, para  a União Europeia e para os seus aliados, "os atos da Rússia violam o direito  internacional". "Eu sei que o presidente (da Rússia, Vladimir) Putin, aparentemente  (...) tem uma interpretação diferente, mas para mim (estes argumentos) não  enganam ninguém", disse. 

"A comunidade internacional condenou a violação pela Rússia da integridade  territorial e da soberania da Ucrânia. Condenámos a sua intervenção na Crimeia.  E apelámos a um alívio da situação e ao destacamento imediato de observadores  internacionais", acrescentou o líder norte-americano, respondendo a uma  questão sobre a situação em Kiev, depois de uma intervenção sobre o orçamento  dos Estados Unidos, numa escola em Washington. 

Barack Obama disse, ainda, que é "importante que o Congresso (norte-americano) esteja solidário" com o executivo, respondendo a críticas de alguns eleitos  em Washington. "Há alguma coisa que o Congresso pode fazer imediatamente para ajudar  e isso é ajudar a financiar o apoio económico que pode estabilizar a economia  na Ucrânia, ajudar a que as eleições se desenvolvam livremente e muito em  breve e, assim, atenuar a pressão", explicou o presidente dos Estados Unidos.

"Há algumas informações que indicam que o presidente (russo), Putin,  está a refletir sobre o que se passa. Toda a gente reconhece que, mesmo  que a Rússia tenha interesses legítimos no que se passa no país vizinho,  isso não lhe dá o direito de recorrer à força para exercer a sua influência  no país", afirmou. 

     

Lusa