O desconfinamento a várias velocidades está a levantar dúvidas. Até porque, se fossem considerados todos os dados da Direção Geral da Saúde, mais cinco concelhos ficariam impedidos de avançar para a próxima fase.
A questão até agora não se tinha colocado. A partir do momento em que o país passa a estar em patamares diferentes e se rompe a evolução no desconfinamento por igual, começam a surgir os desentendimentos.
As avaliações são feitas de 15 em 15 dias com base nos números da DGS que, todas as semanas, publica a incidência concelhia. Segundo a regra, só à segunda avaliação consecutiva acima do limite de 120 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias é que se aciona o travão do desconfinamento.
Dos 13 a que António Costa deu cartão amarelo, cinco já estavam há uma semana em zona de risco: Barrancos, com o mais elevado índice, poderia mesmo ter de recuar. A lista inclui também Almerim, Miranda do Corvo, Vila Franca de Xira e Penalva do Castelo, caso fosse considerado o período intermédio de 24 de março até 6 de abril, e não a comparação das duas semanas do fim de março.
A SIC questionou a DGS sobre a atualização dos números que o Governo usou e se, além de Beja, houve mais alguma correção na incidência dos concelhos.
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