A Ucrânia voltou a sofrer um ataque em larga escala durante esta terça-feira. As forças russas terão disparado cerca de 90 mísseis, contra praticamente todas as regiões ucranianas. As infraestruturas elétricas voltaram a ser o grande alvo dos mísseis russos, que atingiram também zonas residenciais. Em Kiev há a informação de pelo menos uma vítima mortal.
Depois de uma relativa calma de três semanas, a capital ucraniana voltou a ser bombardeada. Pelo menos três prédios habitacionais foram atingidos. Também nos arredores de Kiev, os fragmentos de um dos mísseis caíram numa zona residencial.
As autoridades dizem que as forças de Moscovo lançaram cerca de 90 mísseis. Dos quais, 70 terão sido abatidos pelas baterias antiaéreas, tal como 10 drones kamikaze iranianos.
O objetivo das forças russas terá sido – mais uma vez – a rede elétrica. Terá sido o maior ataque deste tipo que a Ucrânia sofreu desde o início da guerra: pelo menos 16 estruturas energéticas foram atingidas em 12 regiões.
As cidades de Kiev, Kharkiv, Rivne, Ternopil e Lviv ficaram às escuras e parte da Moldávia, país vizinho, também ficou com problemas energéticos. O vice-primeiro-ministro moldavo explicou que a rede elétrica foi desligada por motivos de segurança, uma decisão relacionada com os ataques dos mísseis russos à Ucrânia.
Kiev encara os bombardeamento desta terça-feira como uma resposta do Kremlin às condições para as negociações de paz apresentadas por Volodymyr Zelensky na cimeira do G20. O Presidente ucraniano participou na abertura da reunião, que decorre na Indonésia, onde estabeleceu 10 condições para a paz – entre elas a retirada total das tropas russas e a restauração do controlo de todo o território ucraniano.