Esta quarta-feira, mais de 14 milhões de eleitores vão às urnas em Angola para decidir se o MPLA – o partido que governa o país desde a independência – se mantém no poder ou se os eleitores dizem sim ao apelo de mudança feito pela UNITA, de Adalberto Costa Júnior.
Cinco anos depois, os angolanos voltam a escolher o Presidente. É, outra vez, uma luta entre dois partidos: de um lado o MPLA, que governa o país desde 1975; do outro a UNITA que nunca conseguiu chegar ao poder.
Numa campanha que ficou marcada pela morte do antigo presidente José Eduardo dos Santos, João Lourenço, o seu sucessor, procura a reeleição. Depois de ter vencido em 2017 com mais de 61% dos votos, João Lourenço, de 68 anos, pede agora mais um mandato.
Garante que, se vencer, irá construir mais estradas, escolas ou hospitais e resolver dois dos principais problemas do país: o fornecimento de energia e de água.
Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, promete alterar a Constituição para reduzir os poderes do Presidente e acusa o MPLA de não ter conseguido retirar os angolanos da pobreza.
Nestas eleições gerais, a Comissão Nacional Eleitoral assegura não haver razões para duvidar da legalidade do processo. Ainda assim, oposição e alguns comentadores não deixam de levantar muitas dúvidas quanto aos cadernos eleitorais.
Além de MPLA e UNITA, concorrem a estes eleições outras seis forças políticas. Pela primeira vez, os angolanos que residem no estrangeiro podem escolher o presidente e os deputados – em Portugal, estão inscritos 7.600 eleitores.