Cristina Figueiredo, editora de política da SIC, considera que a demissão de Miguel Alves seria a "solução mais simples" neste momento, após várias polémicas com o "braço direito" de António Costa.
"A solução mais simples será o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro apresentar a demissão até estar tudo cabalmente esclarecido", afirma.
Na SIC Notícias, Cristina Figueiredo afirma:
"Já há demasiada opacidade à volta desta pessoa que não é uma pessoa qualquer".
A responsável salienta várias vezes que Miguel Alves tem um cargo importante, sendo o "braço direito" do primeiro-ministro, e que, por isso, é normal que seja alvo de um "escrutínio ainda mais apertado".
A editora de política da SIC considera ainda que as explicações de Miguel Alves foram "poucochinhas".
- Miguel Alves terá de "explicar porque é que 300 mil euros foram investidos numa obra que não existe"
- Miguel Alves foi "descuidado e negligente" e "escusa-se de fazer de vítima"
Os processos em que Miguel Alves é arguido
Desde 2019 que Miguel Alves está na lista de arguidos da Operação Éter, em que à volta de Melchior Moreira, ex-presidente do Turismo do Porto e do Norte, o Ministério Público investiga contratos ilícitos e crimes de corrupção e abuso de poder com autarcas socialistas.
Isto era público quando o primeiro-ministro chamou Miguel Alves, em setembro, para secretário de Estado Adjunto.
O então presidente da Câmara de Caminha é também visado na Operação Teia, avançou o Observador. Ajustes diretos na compra de sistemas informáticos por autarquias do Norte estão na base das suspeitas de corrupção.
Por tudo isto, a somar às explicações sobre o adiantamento de 300 mil euros pela câmara de Caminha a uma empresa para construir um centro multiusos, o PSD e o Chega querem ouvir Miguel Alves no Parlamento.
Há cada vez mais pedidos de afastamento do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro