É uma percursora da panela de pressão, com alguma inspiração na tagine marroquina. Terá aparecido no Algarve com a ocupação árabe e dizem que é inspirada na forma de uma ameijoa. Esta sexta-feira, na rubrica Prato do Dia, saiba como fazer uma cataplana de peixe e marisco.
A curiosidade à volta da cataplana é tanta que um restaurante na Baixa de Faro, a Tertúlia Algarvia, chega a receber uma centena de pessoas por mês, não apenas para comer, mas também para cozinhar.
Este prato pode ser de carne, vegetariano, mas o mais procurado é sem dúvida o de peixe e marisco.
Os temperos essenciais
Azeite, cebola, tomilho seco, flor de sal, pimenta preta e um pouco de colorau são os temperos que ajudam a dar sabor a esta iguaria tão apreciada no sul do país.
Na Tertúlia Algarvia a cataplana é preparada com corvina, camarão e bivalves da Ria Formosa, tais como ameijoa, berbigão e lingueirão.
Peixe e bivalves são os últimos a entrar na cataplana
Há quem junte os ingredientes todos de uma vez, feche a cataplana e deixe cozinhar, mas nas aulas dadas pelo restaurante a opção passa por tratar primeiro do refogado e só nos quatro minutos finais juntar a proteína, uma vez que o peixe e os bivalves têm uma cozedura bastante delicada.
Cerca de vinte minutos depois de se ter começado o refogado deve tapar-se a cataplana. Além da frescura dos produtos, o segredo está no caldo que ajuda a apurar o estufado. No total, este cozinhado leva menos de meia hora a fazer.
Cataplana de inox é cada vez mais procurada
Apesar da tradicional ser feita de cobre, a chegada dos fogões de indução e vitrocerâmica e por uma questão de higiene, tornou as cataplanas de inox cada vez mais procuradas.
É uma espécie de percursora da panela de pressão, que muitos associam também à tagine do norte de África.