O PS veio dizer que é possível uma nova geringonça depois das eleições legislativas antecipadas, após ter culpado o BE e o PCP pela crise política. Ana Catarina Mendes e Augusto Santos Silva falam num caminho que António Costa já tinha sugerido, caso o Orçamento do Estado fosse chumbado.
Há uma semana, no fim da reunião de Comissão Política do PS, que antecipou o chumbo do Orçamento do Estado, António Costa referiu: "na natureza nada se perde, tudo se transforma".
A líder socialista, Ana Catarina Mendes, reforçou a ideia de que "há seis anos, os portugueses escolheram um caminho", obtendo da oposição uma reação efusiva. O voto contra dos parceiros foi "uma traição", afirmou a líder parlamentar socialista.
Pedro Nuno Santos, que negociou quatro orçamentos com o BE, PCP e PEV, mantém-se em silêncio.
Na quarta-feira, a Assembleia da República chumbou, na generalidade, o Orçamento do Estado para 2022 com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, abrindo caminho a eleições legislativas antecipadas.
O PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não-inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.
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