Luís Filipe Vieira vai ser ouvido esta quinta-feira pelo juiz Carlos Alexandre, em primeiro interrogatório judicial. O presidente do Benfica foi detido no âmbito de uma investigação do Ministério Público a vários negócios que terão lesado o Estado e várias sociedades.
Depois de várias horas de buscas a mais de 40 casas, empresas, bancos e até ao estádio da Luz, a viatura que transportou Luís Filipe Vieira entrou ao final do dia nos calabouços da PSP.
A poucos quilómetros de distância, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), os procuradores trabalharam até tarde para acelerar o inquérito. O advogado Magalhães e Silva, que defende o presidente do Benfica neste processo, admite que o Ministério Público apresentou pressupostos que podem justificar a prisão preventiva.
Depois de ter passado a noite na prisão, Vieira será ouvido, esta quinta-feira, pelo juiz Carlos Alexandre em primeiro interrogatório. Poderá explicar os negócios de 100 milhões de euros que a investigação considera terem lesado o Estado e várias sociedades ou remeter-se ao silêncio.
Luís Filipe Vieira é acusado de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Além do presidente do Benfica, foram também detidas outras três pessoas: Tiago Vieira (filho de Luís Filipe Vieira), António Santos (empresário e sócio do dirigente e conhecido como Rei dos Frangos) e Bruno Macedo (agente desportivo de Braga).
No final de uma das diligências, dois agentes da PSP ficaram feridos na sequência de um acidente com o veículo em que seguiam. O interrogatório dos quatro detidos promete ser longo e poderá prolongar-se por vários dias.
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