Eduardo Cabrita apresentou a demissão esta sexta-feira, na sequência da acusação do Ministério Público ao seu motorista. Ricardo Costa critica o discurso de Eduardo Cabrita, quando se referiu como “passageiro” no dia em que o carro onde seguia acabou por matar um trabalhador da autoestrada na A6.
“Ninguém olha para a questão de um ministro que vai num carro como apenas um passageiro”.
Com a saída de Eduardo Cabrita, o “PS e o Governo estão mais aliviados para ir a eleições legislativas”.
A caminho das eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro, o PS teve expulsar Eduardo Cabrita “do barco”, por se tratar de “um peso morto muito difícil de aguentar”. Bernardo Ferrão acredita que esta é a única explicação para a demissão do ministro.
Bernardo Ferrão considera que o discurso do ministro reduziu-se ao “autoelogio associado a uma arrogância” característica do Eduardo Cabrita ao longo da sua governação.
Uma análise cuidada ao discurso deixa transparecer que Eduardo Cabrita não refere sequer o nome da vítima e “começa o discurso a falar de si próprio e da herança que deixa no Ministério”, indica Bernardo Ferrão.
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