O Presidente da República faz um balanço positivo dos encontros que teve na sexta-feira com os partidos para falar sobre o Orçamento do Estado para 2022. Marcelo Rebelo de Sousa voltou a dizer que acredita que há condições para que o documento seja aprovado e que as reuniões à esquerda na próxima semana vão ser decisivas.
Marcelo lembra que ainda há tempo para dialogar e revela o seu desejo de uma possível convergência para a aprovação do documento.
“As reuniões com os partidos foram muito esclarecedoras e foi bom ouvir dos partidos e que ouvissem da minha parte que a alternativa são eleições antecipadas”, avisou.
O Presidente volta a alertar para a possibilidade de uma crise política, cenário que considera ser indesejável, e a apelar a um entendimento entre partidos e Governo.
“Prefiro não admitir esse caminho neste momento, para mim o caminho é o Orçamento do Estado ter luz verde e passar. Estar já a admitir o contrário é mau. Continuo a acreditar que o cenário mais desejável e natural é não haver crise política”, defendeu.
Marcelo antecipou audiências para a generalidade e ouviu todos os partidos
Na sexta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa antecipou as habituais reuniões com os partidos e chamou-os para falar do Orçamento. Em vez de ser na especialidade foram já convocados para explicarem o que vão fazer na generalidade.
O primeiro a ser recebido foi o PSD, e depois da IL segue-se Chega, Verdes, PAN, CDS-PP, PCP, BE e PS.
Nos últimos dias, Marcelo Rebelo de Sousa falou várias vezes sobre a possibilidade de o Orçamento não ser aprovado - depois de BE e PCP acenarem com a hipótese de 'chumbo' já na generalidade - e defendeu que "a faca e o queijo estão nas mãos dos partidos", justificando que quis ser preventivo ao avisar que uma rejeição do documento provavelmente conduzirá a eleições antecipadas.
A votação do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade está agendada para 27 de outubro.
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