A ideia é perder tempo de forma deliberada, para manter o resultado, quebrar o ímpeto do adversário e, se possível, perturbá-lo/enervá-lo.
A "Lei 12 - Faltas e Incorrecções" compila um conjunto de exemplos práticos em que essa estratégia pode materializar-se (ver vídeo).
Quando essas situações ocorrem de modo considerado ostensivo e evidente, o árbitro da partida pode atuar disciplinarmente (exibindo o cartão amarelo ao infrator).
Importa salientar que "retardar o recomeço de jogo" só acontece quando o jogo está interrompido (se a bola está em jogo/disputa, nunca se pode afirmar que o recomeço da partida foi atrasado).
Se um guarda-redes, dentro da sua área de penálti, agarrar a bola por tempo indefinido não a soltando, ela não fica jogável apesar do jogo estar a decorrer. Aí a sua equipa tem que ser punida com pontapé livre indireto não por haver atraso no recomeço, mas porque ele deteve a bola por mais de seis segundos sem a soltar. Disciplinarmente não será advertido (só se reincidir).
Os árbitros têm instruções claras para serem particularmente rigorosos nesta matéria, dando um primeiro aviso (público e firme) quando perceberem que um jogador parece incorrer neste tipo de conduta. Deve sancioná-lo com cartão amarelo se insistir apesar de avisado ou repetir mais tarde.
Exemplo típico é o do guarda-redes que atrasa, de forma deliberada, a execução do pontapé de baliza.
VEJA TAMBÉM:
- As infrações cometidas pelo guarda-redes
- A falta grosseira e a conduta violenta em campo
- Quando é que o árbitro pode recuperar tempo perdido durante o jogo?
- Como devem os árbitros lidar com o racismo?
- Qual o peso que deve ter uma bola de jogo?
- As "novas substituições" no futebol
- As regras do futebol: o pontapé livre
- Quando é que deve ser assinalado pontapé de canto?
- Como deve ser feito um lançamento lateral
- Quando é que há infração na marcação de um penálti?
- Qual o papel dos árbitros assistentes?
- Fora de Jogo
- Principais alterações às Leis de Jogo - 2020/21
- Bola na mão ou mão na bola?
- Quando é que o VAR pode ou não intervir?