Rui Rio acusa António Costa de oportunismo por estar a abordar a situação da refinaria de Matosinhos a dias das eleições autárquicas. O líder do PSD considera que o Governo deveria ter negociado com a GALP para proteger os trabalhadores.
Costa diz que a "lição" à Galp é defender quem foi despedido
Num artigo de opinião assinado esta quarta-feira no jornal Público, o primeiro-ministro pretende esclarecer o que disse em maio na Cimeira Social no Porto e agora, em Matosinhos.
Costa garante que a opinião não mudou e que foi coerente, que a Galp "é um exemplo de escola de tudo aquilo que não deve ser feito por uma empresa responsável" e critica a data do anúncio do encerramento, antes do Natal.
GALP FECHOU REFINARIA DE MATOSINHOS A 30 DE ABRIL
A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos em 30 de abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.
A petrolífera justificou a "decisão complexa" de encerramento da refinaria com base numa avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como nos desafios de sustentabilidade, a que se juntaram as características das instalações.
O encerramento da refinaria de Matosinhos, em abril, representa perdas de 5% do PIB em Matosinhos e de 1% na Área Metropolitana do Porto, segundo um estudo socioeconómico a que a Lusa teve acesso.
O estudo, encomendado pela Câmara Municipal de Matosinhos à Universidade do Porto para avaliar os impactos socioeconómicos do fecho do complexo petroquímico no concelho, traça um "cenário particularmente grave" para a região Norte e para o país, caso não seja dado qualquer destino àquela instalação industrial.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.
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