Cerca de 90 estudantes da Universidade do Minho (UMinho) estão em quarentena profilática voluntária nas residências da academia em Braga, por terem estado em contacto com um aluno infetado com o novo coronavírus, anunciou hoje o reitor.
Em declarações aos jornalistas, Rui Vieira de Castro disse que aquela quarentena foi recomendada aos estudantes que se encontram instalados na residência Carlos Lloyd e nos blocos B e D da residência de Santa Tecla.
"Não fechámos as residências, mas aconselhamos a quarentena profilática, ficando os alunos confinados aos seus quartos e com uma redução muito severa de contactos", referiu.
Paralelamente, a universidade está também a recomendar o regresso temporário a casa aos estudantes que se encontram nas duas residências e que tenham possibilidade de o fazer. Também nestes casos, é recomendado um período de quarentena, a cumprir em casa.
No total, segundo Rui Vieira de Castro, são cerca de 180 os estudantes que terão frequentado os mesmos espaços do aluno infetado e que estão a ser acompanhados e monitorizados pelas autoridades de saúde.
A Universidade do Minho decidiu também o encerramento dos três complexos pedagógicos do campus de Gualtar, para higienização, e o cancelamento do atendimento presencial aos utentes, ao mesmo tempo que deu já início do teletrabalho.
Rui Vieira de Castro adiantou que haverá também o recurso ao ensino à distância, para garantir que não haverá "prejuízos irreversíveis" para o desenvolvimento normal do ano letivo.
"Estamos a trabalhar ativamente para cortar cadeias de transmissão (do vírus), mantendo a atividade dentro do que é razoável e tendo sempre como pano de fundo as orientações da Direção-Geral da Saúde", sublinhou.
O campus de Azurém, em Guimarães, "de momento" manter-se-á em funcionamento, por ainda não haver razões que justifiquem o encerramento, mas a situação pode ser alterada a todo o momento.
A licenciatura em Música, que funciona no edifício dos Congregados, foi suspensa.
Números do coronavírus
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.
Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Para tentar travar a epidemia, o Governo de Roma colocou cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no Norte do país, afetando cidades como Milão, Veneza ou Parma.
Portugal regista 31 casos confirmados de infeção. A DGS comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.
MAPA INTERATIVO MOSTRA EM TEMPO REAL OS PAÍSES AFETADOS PELO CORONAVÍRUS
A Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, criou, em conjunto com outras entidades, um mapa interativo que permite acompanhar a evolução do coronavírus no mundo.
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