A vacinação em Portugal e no Mundo

Pfizer/BioNTech admitem vacinação de crianças dos 12 aos 15 anos na UE a partir de junho

Pedido de autorização em breve submetido à Agência Europeia dos Medicamentos.

Pfizer/BioNTech admitem vacinação de crianças dos 12 aos 15 anos na UE a partir de junho
Dado Ruvic

A Pfizer/BioNTech estão prestes a submeter um pedido de autorização na UE para a administração da vacina contra a covid-19 em crianças de 12 a 15 anos, o que poderá levar à aprovação no espaço europeu em junho.

"Na Europa, estamos nas últimas etapas antes de submeter" os dados dos ensaios clínicos à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a aprovação deve levar entre quatro e seis semanas, disse o cofundador e diretor da empresa, Ugur Sahin, à revista alemã Der Spiegel.

Atualmente esta vacina está autorizada apenas para pessoas com mais de 16 anos.

Nos Estados Unidos, a BioNTech e a parceira Pfizer avançaram no início de abril com um pedido de extensão da autorização de emergência da vacina para a faixa etária entre os 12 e os 15 anos de idade que, segundo os dados de ensaios clínicos de fase 3 publicados no final de março demonstraram 100% de eficácia" na prevenção da doença.

A vacina também foi "bem tolerada e os efeitos secundários foram geralmente consistentes com os observados" em pessoas com idades entre os 16 e os 25 anos, acrescentaram a Pfizer e a BioNTech.

Para crianças de 5 a 12 anos, o responsável diz confiar nos resultados do estudo clínico que ainda está a decorrer mas que está "no caminho certo" para conseguir a autorização até o início de setembro, afirmou.

Em crianças com mais de 6 meses e menos de 11 anos, a Pfizer iniciou ensaios clínicos cujos dados podem estar disponíveis em setembro.

Esperança numa imunidade de grupo na Europa

Ugur Sahin, que é cofundador com a mulher do laboratório de Mainz considerou possível uma "imunidade de grupo" na Europa "em julho ou, o mais tardar, em agosto" e reafirmou a sua confiança na eficácia da vacina contra a variante indiana do novo coronavírus.

Breve cronologia do desenvolvimento da vacina Pfizer/BioNTech

► A farmacêutica Pfizer e a empresa de biotecnologia BioNTech anunciaram na segunda semana de novembro que a sua vacina BNT162b2 contra a Covid-19 alcançou 90% de eficácia nos testes.

►Uma semana depois anunciaram ter concluído os testes com 95% de eficácia. A 19 de novembro o responsável da BioNTech revelou a possibilidade de a vacina poder começar a ser administrada antes do Natal e anunciou no dia seguinte que tinha apresentado um pedido de emergência para aprovação junto da FDA.

►O Reino Unido foi o primeiro país a aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech e, a 8 de dezembro, foi o primeiro país a iniciar a campanha de vacinação contra a covid-19.

Além do Reino Unido, esta vacina recebeu autorização nos Estados Unidos - onde começou a ser administrada a 14 de dezembro -, Canadá, Singapura, México e Costa Rica.

►É uma das três vacinas que estão a ser administradas em Portugal, juntamente com a da Moderna e da Oxford/AstraZeneca (a que se junta agora a da Janssen/JohnsonJohnson)

►A aliança Pfizer/BioNTech anunciou em fevereiro que está a estudar o efeito de uma terceira dose da vacina para fazer frente às variantes.

► Em março anunciou o início dos ensaios clínicos da vacina em crianças com mais de 6 meses e menos de 11 anos e garantiu que a vacina é segura e eficaz em crianças entre 12 e 15 anos

Vacinas contra a covid-19: as que estão a ser usadas e as que estão a caminho

Em menos de um ano desde que foi declarada a pandemia foram desenvolvidas várias vacinas em laboratórios por todo o mundo. A primeira vacina a obter autorização de emergência para inoculação foi a da Pfizer e BioNTech. O Reino Unido foi o primeiro país a aprovar esta vacina e a iniciar a campanha de vacinação, em dezembro de 2020.

Mais de 3,1 milhões de mortos no mundo

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.965 pessoas dos 834.638 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

A grande maioria dos pacientes recupera, mas uma parte evidencia sintomas por várias semanas ou até meses.

Links úteis

Mapa com os casos a nível global