Coronavírus

Quase 140 mil pessoas vacinadas para a covid-19 em sete dias no Reino Unido

Ministro revela os números da primeira semana de vacinação.

Irmã Joanna Sloan foi a primeira pessoa na Irlanda do Norte a receber a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech no Royal Victoria Hospital, em Belfast.
Irmã Joanna Sloan foi a primeira pessoa na Irlanda do Norte a receber a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech no Royal Victoria Hospital, em Belfast.
Liam McBurney / POOL

Na primeira semana de vacinação para a covid-19 no Reino Unido, 137.897 pessoas já receberam o medicamento da Pfizer/BioNTech, revelou o ministro britânico encarregue do plano de vacinação, Nadhim Zahawi.

"Um excelente início do programa de vacinação. Em sete dias: Inglaterra: 108.000, País de Gales: 7.897, Irlanda do Norte: 4.000, Escócia: 18.000. Total no Reino Unido 137.897. Este número vai aumentar à medida que operacionalizamos centenas de PCN (redes de cuidados primários".

Os mais recentes avanços nas vacinas e tratamentos contra a Covid-19

Desde o início de novembro têm surgido várias boas notícias sobre os avanços no desenvolvimento de uma vacina contra o SARS-CoV-2. O Reino Unido foi o primeiro país a aprovar uma das vacinas e a iniciar a campanha de vacinação.

► As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram na segunda semana de novembro que a sua vacina BNT162b2 contra a Covid-19 alcançou 90% de eficácia nos testes. Uma semana depois anunciaram ter concluído os testes com 95% de eficácia. A 19 de novembro o responsável da BioNtech revelou a possibilidade de a vacina poder começar a ser administrada antes do Natal e anunciou no dia seguinte que tinha apresentado um pedido de emergência para aprovação junto da FDA.

O Reino Unido é o primeiro país a aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech e, a 8 de dezembro, é o primeiro país a iniciar a campanha de vacinação contra a covid-19.

Além do Reino Unido, esta vacina recebeu autorização nos Estados Unidos - onde começou a ser administrada a 14 de dezembro -, Canadá, Singapura, México e Costa Rica.

► A vacina que está a ser desenvolvida pela universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca - ChAdOx1 nCoV-19- demonstrou ser segura e provocar uma resposta imunitária em pessoas mais idosas na fase 2 do ensaio clínico. Os resultados finais vão ser apresentados "antes do Natal", assegurou o líder da investigação.

Esta vacina já sofreu entretanto dois revezes: a 23 de novembro foi noticiado que a eficácia de 90% foi obtida devido a erro na dosagem e, a 26 de novembro, soube-se que um erro no fabrico põe em causa eficácia. Nesse mesmo dia a farmacêutica anunciou que será feito um ensaio adicional para validar eficácia da vacina, o que vai atrasar a aprovação e produção.

► Na Rússia, o porta-voz do ministro da Saúde assegurou no início de novembro que a vacina, desenvolvida pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em Moscovo, - a Sputnik V - tem uma taxa de eficácia superior a 90% e o Presidente russo veio no dia seguinte garantir que "todas as vacinas russas contra a Covid-19 são eficazes"

Resultados preliminares da fase 3 deram como certa uma eficácia de 95%. A 14 de dezembro, os resultados finais da fase 3 indicaram uma eficácia de 91,4%.

O primeiro lote de Sputnik V para o mercado externo deverá chegar em janeiro de 2021.

► A vice-Presidente russa anunciou que os testes clínicos da segunda vacina russa contra a Covid-19, a EpiVacCorona que está a ser desenvolvida pelo Instituto Vector, começariam a 15 de novembro,

► O ensaio clínico da potencial vacina CoronaVac da chinesa Sinovac chegou a ser suspenso no Brasil devido a "efeito adverso grave.", embora a empresa chinesa reafirme a confiança no produto, indicando que o efeito secundário não está relacionado com a vacina. Os testes foram retomados no dia 11.

► A 16 de novembro a farmacêutica Moderna revelou que a sua vacina experimental tem uma eficácia de 94,5% e, a 2 de dezembro,que produziu anticorpos persistentes 90 dias após a aplicação

A 15 de dezembro, o regulador dos EUA afirmou que vacina da Moderna não apresenta problemas

► A agência norte-americana do medicamento (FDA) deu uma autorização de utilização de emergência e temporária de um medicamento experimental para a Covid-19 fabricado pela Eli Lilly, mas apenas para doentes com sintomas ligeiros ou moderados e não para hospitalizados a necessitar de oxigénio.

Este tratamento experimental com anticorpos sintéticos é o primeiro especificamente desenvolvido para o novo coronavírus.

► A 21 de Novembro a FDA concedeu a autorização de emergência à empresa de biotecnologia Regeneron para a utilização no país do tratamento com anticorpos monoclonais que o Presidente dos EUA recebeu em outubro contra a covid-19.

Mais de 1,6 milhões de mortos e 72,7 milhões de casos no mundo

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os países que registaram o maior número de novas mortes são os Estados Unidos, o Brasil e o México

A Índia, o México, e o Reino Unido são os países mais atingidos pela pandemia.

Portugal com 5.733 mortes e 353.576 casos de covid-19

Portugal contabilizou esta terça-feira mais 84 mortes relacionadas com a covid-19 e 2.638 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 5.733 mortes e 353.576 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, estando hoje ativos 67.805, menos 3.207 casos em relação a segunda-feira.

Quanto aos internamentos hospitalares, o boletim epidemiológico da DGS revela que estão internadas 3.206 pessoas, menos 48 do que no dia anterior, das quais 506 em cuidados intensivos, menos sete.