As projeções ICS/ISCTE/GFK Metris para a SIC apontam para uma abstenção nestas eleições presidenciais entre os 56 e os 60%. Valores que representam uma subida em relação a 2011 (53,5%) e 2016 (51,3%).
Pedro Magalhães, investigador do ICS, explica que comparar diretamente o nível de abstenção com o de 2016 é “enganador”, sobretudo devido ao recenseamento automático da população no estrangeiro e a dificuldade que os emigrantes enfrentaram para votar.
O especialista aponta ainda que, a confirmarem-se estes resultados, ter-se-á quebrado um ciclo que começou em 2001 no qual a abstenção nas eleições em que o Presidente se recandidata tende a ser muito superior.
“Vai ser preciso perceber com o resultado da eleições e estudos posteriores o que sucedeu para que este ciclo fosse interrompido”, avança.
Sobre as “circunstâncias absolutamente extraordinárias” em que decorrem estas Presidenciais, assinala que, no território nacional, a ter crescido, a abstenção terá crescido “muito pouco”, tornando-se num sinal de que “estas eleições foram mais mobilizadoras do que se pensava que iam ser”, conclui.
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